Tailândia: e se você não gostar de comida tailandesa?
Uma das mais partes mais interessantes em viagens, para mim, é comer. Eu amo comer (e amo também cozinhar #querosermasterchef), por isso sempre que estou de malas prontas, fico pensando no que provarei no meu novo destino. Se em casa, normalmente, eu tenho total consciência de que sou bem chatinha para comer, em viagens eu me entrego sem reservas ao esporte de provar novos sabores! No entanto, nem sempre dá pra ganhar e, no ano passado, finalmente aconteceu: eu estava odiando tudo que comia durante uma de nossas viagens. Foi na Tailândia. Como sou teimosa e não desisto nunca, apesar do perrengue, consegui não morrer de fome e ainda consegui voltar para casa com novos sabores aprovados e que até foram incluídos no meu cardápio rotineiro. Por isso, ficam aqui as dicas se você vai para a Tailândia, mas está pensando que talvez você não goste de comida tailandesa. Veja o que dá para comer de comida local, típica, – sem apelar para o fast food! -, e fugindo dos sabores mais famosos.
A comida tailandesa
Tradicionalmente o que se diz sobre a culinária tailandesa é que ela mistura em um mesmo prato os sabores doce, salgado, azedo e apimentado. Nada contra, em tese eu até gosto dessas misturas. Mas já sabia de antemão, por exemplo, que não curtia molho agridoce, que é bem presente nos pratos por lá. Mas eu sempre penso que na próxima vez pode ser que eu vá gostar ou que talvez o prato original no país seja muito melhor e sempre experimento. Mas, dessa vez, não funcionou mesmo!
Para piorar, fazia um super ultra calor durante nossa viagem, o que me deixa já normalmente mais enjoada, e, no nosso primeiro dia em Bangkok, passeando pelas ruas a caminho do Grand Palace, sentimos um cheiro de abacaxi podre que nos marcou. Eu sou super ligada em cheiros (também, com um nariz desse tamanho né, hahaha) e aquele cheiro me enjoou demais. Pronto, depois daquilo era só eu ver um abacaxi que já ficava enjoada.
Os pratos com que mais nos deparamos na Tailândia, especialmente nas ruas, foram o pad thai e o khao pad . O primeiro é um noodle de arroz e eles amam comer com camarão (bom, eu eu não como camarão #começouachatice). O segundo é um arroz salteado com alguma carne (frango ou porco) e que vinha servido dentro de um abacaxi nos restaurantes (o que me fazia lembrar o cheiro horrível que me enjoou no primeiro dia). A variedade do arroz mais consumida em Bangkok é um arroz um pouco adocicado, o arroz jasmin. Ele é diferente do que estamos acostumados a comer por aqui e não me agradou como o arroz basmati, por exemplo, usado na culinária indiana. Já mais ao Norte na Tailândia (e também no Myanmar) você encontra também outro arroz, mais grudento e menos doce.
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Já no Norte da Tailândia vimos outros pratos mais diferentes. Um deles era o hot pot, que encontramos em Chiang Rai fazendo bastante sucesso entre a galera. Funcionava assim: você escolhia uma das bandejas com o conteúdo do seu pot – carnes, ovos, verduras, carnes, milho, macarrão de arroz etc – e levava pra sua mesa. Depois eles entregavam uma chapa quente com um pote com uma espécie de sopa dentro, para você cozinhar seus ingredientes ali. Ou seja, lembrava o fondue. Era super barato: cerca de US$ 2.
E, claro, também visto os famosos insetos fritos, em espetinhos etc, mas não em todo lugar e sendo super consumido. Definitivamente não faz mais parte da dieta comum dos tailandeses.
Não curti
No segundo dia na Tailândia, prevendo passar fome na rua, resolvi me garantir com o lamen chinês servido no café da manhã no hotel, só para pelo menos comer algo diferente do que como em casa. Nosso hotel – o ótimo Eastin Grand hotel Sathorn – tinha muitos hóspedes estrangeiros e servia todo tipo de comida, com ótima variedade de pratos chineses também. Na rua tentamos de novo a comida local, mas não desceu.
No terceiro dia, depois de um entra e sai de restaurantes olhando os cardápios resolvemos apelar pro fast food e fomos a um KFC. Quem me conhece sabe que isso é bem atípico, porque mesmo aqui no Brasil eu raramente como em redes de fast food assim (à exceção do Subway, que é um vício). Enfim, mas para manter o mínimo do espírito “vou provar coisas novas”, pedimos um prato local. E adivinhem só? Odiei! Claro que nesse momento já estávamos rindo da situação e imaginando que viraria piada. O que pelo menos me consolava na situação toda era que o Rômulo, que normalmente é super tranquilo para comer, também não estava curtindo nada daquela vez.
Saímos do centro de Bangkok direto para o shopping Siam Paragon, um local de luxo, com lojas de marcas ocidentais. Imaginamos que ali encontraríamos uma versão mais ocidentalizada da comida local. De fato, um food hall ocupa um andar inteiro do shopping e é uma comida bem gourmetizada, para usar a palavra da modinha. Quem sabe assim rolava, né? Começamos a caminhar por entre os restaurantes e stands e, realmente, tudo parecia muito bom. Mas escolher já não foi tão fácil e acabamos pegando várias mini-porções diferentes para tentar. Então, fomos comer e… a foto abaixo resume nossa conclusão após provar tudo:
Decepção. Eu lembro que peguei uma linguiça que parecia di-vi-na sendo feita. E detestei. E provamos uns bolinhos sem saber do que eram, só para depois descobrir que eram de lula. Eu até gosto de lula, mas nesses bolinhos não ornou, viu.
E agora, #comofaz? Opções para comer na Tailândia, sem comer tailandês
Se, assim como eu você não gosta do sabor da comida tradicional tailandesa, vou te dar aqui 4 opções para você se alimentar na Tailândia, ok?
A primeira é uma bebida hiper refrescante e fácil de achar em toda a Tailândia. Conheci no restaurante do Museu de Sião, onde pedi à garçonete que me indicasse uma bebida local refrescante e ela me trouxe esse chá que foi amor ao primeiro copo entornado de uma vez só: o cha yen.
O cha yen, ou chá tailandês (Thai Tea) leva o chá local, açúcar, leite condensado, temperos e gelo. Depois de prová-lo aqui, era o que eu pedia em todo lugar. Você verá também em muitas lanchonetes vendido em um saquinho com canudinho, para você ir tomando pela rua. É uma delícia!
O chá também pode ser quente, e nesse caso chama-se cha dam yen.
O cha yen lembra bastante o chai latte, o chá indiano gelado com leite. Antes dessa viagem não tomava chá de forma alguma, mas depois de conhecer o cha yen passei a beber o chai latte sempre, em casa e na rua, até porque é bem fácil de achar no mundo todo (tem no Starbucks, por exemplo).
A segunda opção de comida na Tailândia para quem não gosta de comida tailandesa é para almoçar/jantar, mas só vai te salvar caso você se dê bem com a comida indiana ou comida apimentada. É que na Tailândia é bem fácil encontrar presente também nos cardápios o Curry. Uma versão tailandesa, claro, mas é bem parecida com a indiana. A diferença eu não senti na prática, mas perguntando me disseram que é menos apimentado. Bom, o fato é que há ótimos currys por lá. E para evitar o arroz adocicado, pedia com pão ou até macarrão. No Norte da Tailândia, onde comemos os melhores, o arroz é um pouco diferente, mais grudento, então com certeza por lá era o que pedíamos: curry!
A terceira opção para quem não gosta de comida tailandesa é descobrir a maravilha dos cafés tailandeses. Não tive muito contato com eles em Bangkok, mas já tinha gostado de ver por lá o café gelado em latinha em qualquer lanchonete. Acho que faz tanto sentido beber café gelado naquele (e no nosso) clima! Cheguei a postar no Instagram sobre isso, pois não entendo mesmo porque não temos esse hábito aqui.
Já no Norte, foi uma das coisas que mais me chamou a atenção: a cultura dos cafés. É que justamente a região de Chiang Rai é a maior produtora de café no país. Inclusive, no final do ano, época da colheita, é possível fazer tours em fazendas cafeeiras por lá.
Em Chiang Rai há muitos, muitos cafés e talvez essa tenha sido uma das razões para eu adorar a cidade. A gente saía para andar a pé ou de bicicleta, parava num café, bebia algo, conversava, usava internet, andava mais, parava de novo. Adorei a variedade da bebida gelada por lá.
Por fim, uma última opção é investir nos smothies de frutas! Não tem muito erro nesse caso. É só escolher uma cor quando não há plaquinha em inglês e se hidratar.
Então, resumindo: se você não curte comida tailandesa e vai viajar pra Tailândia, não se aperreie. Primeiro, prove tudo. Afinal, vai que, né? Se nada do clássico lhe apetecer mesmo, há essas quatro opções diferentes dos sabores mais conhecidos para você se fartar e voltar dizendo que consumiu, sim, muita comida local e típica da Tailândia. E, além disso, é claro, existe comida ocidental na Tailândia. A cada esquina você encontra, por exemplo, um 7Eleven, uma lojinha que vende de tudo, inclusive muitas opções de comida pronta (tem uns sanduíches naturais deliciosos). E tem fast food com as opções que você conhece como McDonalds etc, além de pizza, macarrão e toda essa variedade.. Mas minha recomendação, para qualquer opção que você escolha é: acredite, vai valer a pena restringir seu cardápio por uns dias para conhecer um lugar tão interessante.
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Muito bom, obrigada por compartilhar!!!
Boa tarde Jackie! Primeiro de tudo parabéns pelo Blog!!! Muito complete e detalhado, com informãções que são super-úteis e vão além do básico.
Em novembro/2016 vou para o Sudeste da Ásia passer 25-27dias. A princípio pensei em ir a Taiandia, Cambodja, Laos e Vietnam (ainda não sei ao certo quanto tempo em cada lugar), mas vendo seus posts sobre Myanmar, quero muito ir para lá també, mas não sei se terei tempo. Você pode me ajudar???
Gratidão e uma linda semana para você <3
oi Maria, vai sim, vale a pena demais! Que ajuda vc precisa? O roteiro que fiz esta aqui no blog, nós ficamos menos dias que vc, acho que 23 dias e fomos a Tailandia, Vietna, Cambodja, Vietna e Myanmar, mas claro, não vimos tudo em cada país, apneas os pontos principais. Veja aqui: http://viajesim.com/2014/06/eua-e-sudeste-asiatico-resumao.html
abs,
Bom dia Jackie. Na verdade preciso de ajuda com relação a quantos dias ficar em cada lugar e qual a melhor seqüência de cidades para conhecer.
Oi Maria, desculpe, onde isso? Na Tailandia? Em Bangkok 3 dias vc vê o básico. Onde mais vc quer ir?